A entrega do Abaixo-Assinado contra ações consideradas irregulares na obra em execução do Parque Nove de Julho.

A Comitiva, que reuniu onze pessoas, foi formalmente bem recebida pelo Sr. Gilberto Ferreira, assessor direto do subprefeito Valdir Ferreira (este que não se encontrava no local) para recebimento do Abaixo-Assinado contendo 741 assinaturas contra ações vistas como irregulares nas obras do Parque Nove de Julho (dia 22-12-09).
Podemos resumir o diálogo da seguinte forma citadas nos itens abaixo:
1- O representante do administrador foi inflexível em relação à continuidade das obras. Quando confrontado com a frase: “as máquinas ainda estão trabalhando”, disse logo em seguida: “e vão continuar trabalhando”;
2- O discurso foi o mesmo do subprefeito. Ficou clara a impressão inicial de que todos os funcionários e autoridades da subprefeitura leram à mesma cartilha, pois os argumentos são idênticos. Repetiu-se o discurso da “maioria que prevalece sobre a minoria” e que “alguns sairão prejudicados”. O mesmo discurso do “progresso como algo inevitável”;
3- Quando pedimos para agendar audiência com o Sr. Valdir Ferreira já no começo de janeiro do próximo ano, respondeu que iria primeiro ler o nosso documento e pedir aos devidos órgãos da prefeitura os documentos que solicitamos ficar à disposição de qualquer cidadão para consulta (a licença ambiental), insinuando que somente depois de conseguir esse documento entraria em contato. Na verdade o que ele estava propondo poderia durar meses, período em que estaríamos inativos na espera de resposta. Respondemos de pronto que independente do documento solicitado, gostaríamos de resposta rápida porque o movimento não iria esperar muito tempo sem tomar alguma atitude concreta. O assessor ficou de entrar em contato com os representantes do movimento na semana que vem, antes do ano novo.
Em seguida a Comitiva se reuniu com a arquiteta Débora que explicou o projeto de construção das instalações do Parque Nove de Julho. Confrontada com várias perguntas, deixou a todos preocupados quando disse que haverá desapropriações, notadamente na Vila Represa.
Por último, a Comitiva se reuniu com o Sr. Carlos Abe, coordenador de projetos do CPDU e arquiteto responsável pela instalação dos diversos parques na orla da represa Guarapiranga. O diálogo que se manteve foi o seguinte em seus pontos principais:
a- O arquiteto se mostrou mais receptivo em relação aos nossos argumentos, afirmando que a intenção do projeto não é a de prejudicar a ninguém e que é viável a negociação;
b- Quando indagado sobre a licença ambiental, praticamente nos confirmou que ela não existe. Simulando desconhecimento, perguntou-nos se ela seria necessária pois as obras não estariam agredindo o meio ambiente. Respondemos que estão agredindo sim, colocando como exemplo o saibro e entulho que esta sendo utilizado para aterro suporte das cercas. Todo esse material é transportado de um lugar alienígena, quando deveria ser utilizada terra do próprio local;
c- Por fim, acolheu cópia do abaixo-assinado e documento anexo, prometendo leitura e nova reunião após o dia 15/01/2010 (O Sr. Carlos Abe estará de férias até esta data).